12 de nov. de 2009

Museu Paulista da Universidade de São Paulo

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido como Museu do Ipiranga, é um museu brasileiro localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência. É o mais importante museu da Universidade de São Paulo e um dos mais visitados da capital paulista. É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo, "Independência ou Morte".
Um dos principais objetivos do museu é mostrar aos visitantes o protagonismo do povo paulista na História do Brasil.



História do Museu

O museu paulista foi inaugurado dia 7 de setembro de 1895 como museu de História Natural e marco representativo da Independência, da História do Brasil e Paulista. Seu primeiro núcleo de acervo foi a coleção do Coronel Joaquim Sertório, que constituía um museu particular em São Paulo. No período do Centenário da Independência, em 1922, foi reforçado o caráter histórico da instituição. Formaram-se novos acervos, com destaque para a História de São Paulo. Realizou-se a decoração interna do edifício, com pinturas e esculturas apresentando a História do Brasil no Saguão, Escadaria e Salão Nobre. Foi instalado o Museu Republicano “Convenção de Itu”, extensão do Museu Paulista no interior do Estado. Ao longo do tempo, houve uma série de transferências de acervos para diferentes instituições. A última delas foi em 1989, para o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. A partir daí, o Museu Paulista vem ampliando substancialmente seus acervos referentes ao período de 1850 a 1950 em São Paulo. Atualmente, o Museu Paulista possui um acervo de mais de 125.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação textual, do século 17 até meados do século 20, significativo para a compreensão da sociedade brasileira, especialmente no que se refere à história paulista e conta com uma equipe especializada de curadoria. Desenvolve também um Projeto de Ampliação de seus espaços físicos.

Edifício


O arquiteto e engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi foi contratado em 1884 para realizar o projeto de um monumento-edifício no local onde aconteceu o evento histórico da Independência do Brasil, embora já existisse esta idéia desde aquele episódio.

Museu do Ipiranga atualmente. Foto por Silvio Tanaka
O edifício tem 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais. O estilo arquitetônico, eclético, foi baseado no de um palácio renascentista, muito rico em ornamentos e decorações. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com taipa de pilão). As obras encerraram-se em 15 de novembro de 1890, no primeiro aniversário da República. Cinco anos mais tarde, foi criado o Museu de Ciências Naturais, que se transformou no Museu Paulista. Em 1909, o paisagista belga Arsênio Puttemans executou os jardins ao redor do edifício. Este desenho de jardim foi substituído, provavelmente na década de 1920, pelo paisagismo do alemão Reinaldo Dierberger, desenho que se mantém, em sua maior parte, até os dias atuais.

A Escadaria


A escadaria do museu tem um imenso valor simbólico ao povo paulista. A escadaria propriamente dita representa o Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. E no corrimão estão colocados esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Ri Uruguai e o Rio Amazonas. Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhangüera com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, que se localizam nos atuais estados desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo precedida pelas duas estátuas maiores no salão principal dos dois principais bandeirantes, Antônio Rapos Tavares e Fernão Dias Paes. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência.
Junto as estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. E no teto pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio.


Acervo

O Museu Paulista tem em seu acervo de mais de 125 mil artigos, entre objetos (esculturas, quadros, jóias, moedas, medalhas, móveis, documentos e utensílios de bandeirantes e índios), iconografia e documentação arquivística, do século XVI até meados do século XX, que servem para a compreensão da sociedade brasileira, com especial concentração na história de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para as três linhas de pesquisa as quais o museu se dedica:

-Cotidiano e Sociedade
-Universo do Trabalho
-História do Imaginário


O acervo do Museu Paulista tem sua origem em uma coleção particular reunida pelo coronel Joaquim Sertório, que em 1890, foi adquirida pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que a doou, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao Governo do Estado. Em 1891, o presidente do Estado, Américo Brasiliense de Almeida Melo, deu a Albert Löfgren a incumbência de organizar esse acervo, designando-o diretor do recém-criado Museu do Estado. As coleções, ao longo dos mais de cem anos do museu, sofreram uma série de modificações com o desmembramento de parte de seus acervos e incorporações.
O acervo do museu se encontra tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN.






->Permanente



->Temporario

ACERVOS PARA DESCOBRIR


Coleção do Banco Santos depositada no Museu Paulista
Mostra dos tipos de objetos, fotografias e documentos que, por decisão da Justiça, estão sendo guardados pelo Museu Paulista enquanto corre um processo judicial por crime financeiro, envolvendo Banco Santos, Cid Ferreira Collection Empreendimentos Artísticos Ltda e Edemar Cid Ferreira. O Museu Paulista guarda uma parte da coleção implicada neste processo; outros museus de São Paulo guardam outras partes. A distribuição foi feita de acordo com as características de cada museu mas existe um controle documental de toda a coleção.

Biblioteca do museu

A Biblioteca do Museu Paulista foi instalada no dia 07 de setembro de 1895, juntamente com a inauguração do próprio Museu e hoje constitui-se em centro de apoio à pesquisa científica de um museu universitário de História. Sua longa existência possibilitou a inclusão de obras preciosas em seu acervo, especialmente de História do Brasil e História de São Paulo. Nos últimos vinte anos adquiriu um perfil especializado na área de História da Cultura Material, em vertentes como História do Consumo, Sociologia dos Objetos, Cultura Visual, História do Gosto, Patrimônio Cultural e Colecionismo, no campo dos Estudos de Objetos e de Iconografia - Indumentária, Mobiliário, Porcelanas, Brinquedos, Armaria, Numismática, Fotografias, Pinturas e outros – e no campo da Museologia em suas especialidades de Documentação de Acervos, Conservação e Restauração, Expografia e Educação em Museus. Em seu acervo, encontram -se 26.466 livros, 2.300 títulos de periódicos, 2.892 separatas, tendo ainda como extensão a Biblioteca do Museu Republicano "Convenção de Itu", especializada no estudo da República Brasileira, entre 1889 e 1930. Integra o Sistema de Bibliotecas da USP (SIBI/USP) e o SIBINet, estando disponível pelo Dedalus - Banco de Dados Bibliográficos da USP.www.usp.br/sibi A Biblioteca oferece serviços de empréstimo entre bibliotecas e COMUT.Atendimento: aberta ao público em geral de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00 horas.Tel: (11) 2065-8012 / Fax: (11) 2065-8030
-> Formigas Vestidas

uma doação para o museu
Na passagem do século 19 para o século 20, a região de São Paulo convivia com grande quantidade de saúvas. Por isso um dos alimentos consumidos por sua população eram as formigas torradas, sendo que na capital de São Paulo podiam ser compradas de vendedoras ambulantes. O que pouca gente sabe, porém, é que também havia um costume popular de vestir as saúvas criando personagens, o que era então considerado um artesanato típico de São Paulo. Este artesanato foi também comercializado pelo empreendedor Jules Martin, que as colocava em caixas para envio a outros lugares. Uma dessas caixas, com um par de formigas vestidas, chegou aos nossos dias e foi recentemente doada ao Museu Paulista.

- Jules Martins
Jules Martins foi umfamoso pintor, arquiteto e litógrafo francês radicado em São Paulo entre 1868 e 1906, personagem mais conhecido nos dias de hoje por ter idealizado o Viaduto do Chá, ele também comercialisava as formigas pintadas. Os insetos seriam vendidos dentro de uma caixinha com uma inscrição na tampa: "Formigas Tanajuras Vestidas. Unico deposito. S. Paulo, Brazil. Casa Jules Martin".




Exposição Acervo de Armas

Inserida na Ala de exposições Universo do Trabalho, a Sala Acervo de Armas apresenta uma seleção da coleção de armas do Museu Paulista, mostrando seus aspectos tecnológicos, mecanismos de funcionamento, diversidade de formas, diferentes dimensões e aponta sua valorização na vida social através de ornamentos e materiais nobres.Armas são objetos produzidos com a função principal de causar algum dano. O perigo que as armas representam faz com que sua presença na vida social se torne um problema que preocupa as pessoas. Mas por que, apesar disto, se difundem? Porque, ainda que perigosas, damos a elas outros usos e funções na vida social. Nós as usamos, por exemplo, como sinais para diferenciar pessoas, grupos, instituições. São exemplos os escudos de armas do Império ou o brasão da República nas espadas ou, ainda, os espadins de músico e de guarda-marinha. As armas podem ser, então, insígnias, isto é, sinais que distinguem categorias.

Exposição Labor, lavoura: o café

Inserida na Ala de exposições Universo do Trabalho, a Sala Labor, lavoura: o café apresenta um conjunto de documentos que trata as formas de trabalho ligadas à cafeicultura no Brasil, especialmente em terras paulistas.Fazendeiros, escravos, imigrantes e migrantes assalariados, trabalhadores e produtores de máquinas de beneficiamento, comissários, ferroviários e portuários formavam uma complexa rede de infra-estrutura e comunicação das fazendas aos portos. Esses agentes sociais foram tema de uma vasta produção de imagens, que idealizaram ou criticaram a economia do café. As diversas etapas da cafeicultura – abertura das fazendas, plantio, colheita, processamento dos grãos, transporte das sacas e exportação – estão aqui representadas em pinturas, fotografias, caricaturas, moedas, selos e postais.

Procedimentos para Visitas Orientadas

->Agendamento

• Feito por telefone, pelo professor, sempre na primeira semana de cada mês, para o mês seguinte. O grupo deverá ter no máximo 40 visitantes.
• A confirmação da data e horário da visita será por correio eletrônico ou fax. O
responsável pelo grupo deverá apresentar o documento de confirmação da visita na chegada ao Museu.
• Em caso de impossibilidade de comparecimento, contate a equipe do Serviço de Atividades Educativas com 48 horas de antecedência.
• Telefone: (11) 2065-8053
• E-mail: serveduc@usp.br


->Horários

• O funcionamento do Museu é de terça-feira a domingo das 09h00 às 17h00.
• A duração da visita é de 1h30m.
• Os horários agendados devem ser rigorosamente respeitados, portanto sugerimos que o grupo programe sua chegada com antecedência de 15 minutos do horário marcado.
• O atraso do grupo acarretará diminuição do tempo da visita.
• O Museu está fechado às segundas-feiras.

->Ingresso

• O valor é de R$ 4,00 - (quatro reais).
• Estudantes com carteirinha pagam meia-entrada de R$2,00 - (dois reais).
• Professores acompanhantes (um para cada grupo de 20 alunos) não pagam.
• A entrada é gratuita para menores de 6 anos e para maiores de 60 anos.
• No 1º e 3º domingo de cada mês a entrada é gratuita para todos os públicos.
2 Desembarque
• Não possuímos estacionamento para ônibus. O desembarque poderá ser feito próximo às entradas do Museu Paulista, pela Avenida Nazaré ou Rua Xavier de Almeida.
• O Museu não dispõe de guarda-volumes, portanto as mochilas e outros objetos devem ficar no ônibus.
Para o desenvolvimento da visita
• Antes de iniciar a visita, verificar se existem necessidades a serem supridas: fome, sede, frio, uso de sanitários, entre outros. É importante garantir que os visitantes se sintam confortáveis.
• Os menores de idade devem ter identificação: crachá contendo o nome e telefone da criança e da instituição.
• Cada grupo de vinte visitantes deverá ser acompanhado por pelo menos uma pessoa que será responsável pelo comportamento adequado do grupo no interior do museu, devendo permanecer junto a ele durante a atividade.
• Lembrar ao grupo que por se tratar de um espaço público, o museu estará com outros visitantes.
• O Museu recebe um grande número de visitantes. Para que a visita seja prazerosa para todos, é importante não correr, não falar alto nem se afastar do grupo.
• Durante a visita orientada, o grupo seguirá as orientações e atividades propostas pelos educadores, portanto solicitamos aos responsáveis que dispensem os participantes de realizarem outras tarefas (anotações, pesquisas etc.) no percurso. Não é necessário trazer cadernos, lápis, canetas e pranchetas, pois estes não serão utilizados durante a atividade.
• Para a segurança e conservação das obras não é permitido tocar nos objetos
expostos, consumir alimentos e bebidas, fotografar ou filmar durante a visita.
• A visita orientada não irá explorar toda a área expositiva do museu, portanto o
responsável deve deixar claro ao grupo o enfoque que será abordado durante a visita.
• Existe sempre a expectativa por parte dos visitantes de “ver tudo”. O responsável pode, então, garantir um tempo para que os alunos realizem uma visita mais panorâmica depois de finalizada a atividade.
Programa de Oficinas para Professores (POP)
• Recomendamos a participação dos professores nas Oficinas de Orientação ao Professor. Elas são gratuitas, com duração de 3 horas e oferecem ao professor a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos acerca das temáticas das exposições do Museu Paulista.
• Aos participantes é oferecido material de apoio e atestado de participação.